A companhia começou a validar a aplicação do Leaf, solução de IA para controle avançado de processos multivariáveis, para controlar a pressão e temperatura na saída da caldeira em sua UTE (usina termelétrica) mais problemática. A tecnologia começou a rodar na planta e foi possível ver o software antecipando variações na demanda do processo e se ajustando a diferentes tipos e qualidades de biomassa queimada, otimizando a geração de energia.
“O Leaf foi a tecnologia que nos apresentou menor risco, com um modelo de negócios muito interessante”, diz Paulo Schmidt, Gerente Corporativo de Operações da Albioma, que destaca o processo de validação da solução, uma vez que a i.Systems faz um estudo base na operação do cliente e identifica se e quais ganhos a aplicação do Leaf vai trazer quando instalado.
Na opinião de Leandro Magno de Souza, Gerente de Plantas da Albioma nas Unidades Esplanada e Codora, a elaboração desse business case ajuda entender o retorno financeiro e, além de indicar onde haverá retornos imediatos, pode trazer indícios de quais outros pontos da malha e controles existentes podem ser melhoradas, independente do Leaf.
Sobre os fatores que influenciaram a decisão pelo Leaf, Paulo Schmidt cita que, além da capacidade técnica da tecnologia, o modelo de negócios de contratação fez a diferença. Por ser um software como serviço (SaaS), o Leaf é consumido a partir do pagamento de uma mensalidade, e entra na contabilidade como um custo operacional (OpEx).
“É tudo bem dinâmico. Depois da ativação da solução, há um tempo que a tecnologia sintoniza e os resultados começam a aparecer e podem ser otimizados”, comenta Paulo Schmidt.
Operando nos setpoints ideias
O Sunflower, módulo de otimização da i.Systems embarcado na plataforma Leaf, é usado para aumentar a média da pressão de vapor, promovendo em conjunto com a elevação dos patamares de temperatura, tanto na safra quanto entressafra, o aumento de entalpia e estabilidade do vapor.
Com a aplicação de estratégias avançadas e multivariáveis, o controle da pressão de escape e da exportação de energia também foram integrados. O Leaf passou a atuar nos setpoints ideais de potência dos turbogeradores e no de pressão de extração de uma das turbinas de condensação.
De acordo com o cenário de operação, a demanda de vapor e a exportação desejada, o Leaf explorou a configuração mais eficiente entre os equipamentos, promovendo melhor aproveitamento de vapor possível para a geração de energia e elevando a qualidade do escape necessária para os consumidores.
“Agora estamos colhendo frutos”, comenta Paulo Schmidt. Hoje, o Leaf foi expandido e está em uso nas quatro unidades da Albioma no Brasil. Com a soma das abordagens (revamp + Leaf) a companhia praticamente dobra a capacidade instalada de geração que existia na usina antes da entrada da Albioma. “A tecnologia da i.Systems chega trazendo ainda mais estabilidade e controle ao processo, diminuindo variabilidade e melhorando setpoints, o que gera aumento nos benefícios”, comenta.
Além da solução de IA para controle avançado de processos e do módulo de otimização, a companhia utiliza também o Webmonitor, tecnologia que entrega ao time da Albioma dados da operação em tempo real. “Para nós, é importante acompanhar processos em tempo real à distância e poder conversar com a planta sobre as variações”, avalia.